domingo, 5 de abril de 2009
The noise
Noise, can be in your head
Can be in and out there
Here there and everywhere
Noise never drives you mad
It can be hide right there
Even in the silence of death
Deepest ocean full of regreats
Sailling through noise waves
So far and free of the evil
That the noise breaks.
Streets of Berlin
Here the days are long and cold
People seems so sad and down
I take my coat and walk on the streets
But I don´t have no one to meet
‘Cause i´m a foreigner in this strange land
My fate is only in my hands
I waste my time looking for my way
All the fights never will be in vain
Those people that I left behind
They hope that my dreams never die
‘Cause i´m dreaming their own dreams
They don´t realize that it´s too much to my mind
So I come back to my flat
And a hard rain falls outside
I don´t know if i´m crying for myself
Or for those that I left behind
Soneto do amor velado
Nesse dia em que não posso ser teu namorado
Escrevo esse soneto inacabado
Pego as palavras e coloco-as em um papel de embrulhar
E transformo-o no presente que não posso te dar
Nesse dia em que não posso estar contigo
Procuro um “Pessoa” ou um Drumonnd que faça sentido
Mas que estranho nada do que eles dizem parece
De fato combinar
Então tento eu mesmo um soneto escrever
E nele colocar tudo que sinto por você
Porém mau poeta que sou
será um soneto inacabado
assim como o nosso amor.
Reminiscências
Hoje caminhei pelas mesmas ruas de minha infância
E senti os mesmos cheiros de minhas velhas andanças.
Um cheiro doce, um cheiro bom um cheiro seu.
De quando ficava aninhado nos braços de minha mãe naquele colo que era só meu
Sentei naquele mesmo muro da casa em que nasci
Onde costumava ver o sol se por sem temer o futuro nem por um triz
Aí certa vez vi minha mãe seguir em frente,
Sem ao menos me dizer que era pra sempre
Naquele singelo adeus, me perdi completamente.
E fiz da solidão minha mais tenebrosa confidente
Não tive tempo de chorar, não podia esperar.
Caí de boca na vida sem tempo nem de lamber as feridas
Eu tinha que encontrar um porto eu era um quase morto
O tempo não esperava e eu tinha que encontrar uma saída
Nina Morena
Quem é essa Nina morena
Que invade meu coracao sem pena
Que me faz varar a madrugada
Em busca de um poema?
Quem é essa morena menina
De pura beleza, correndo e sorrindo.
Que me faz desejar por um instante
Voltar a ser um menino
Delicada flor intocada
De cheiro doce, imaculada.
Se Colher-te é impossível
Fico apenas a adimirar-te
Vejo pessoas mortas
Eu vejo pessoas mortas !
Mortas de medo de viver
Mortas de medo de crescer
Mortas vivas sem saber !
Mortas de fome do prazer
Mortas de tanto comer
Mortas por nao conseguirem ser !
Mortas de cede do novo
Mortas de vontade do belo
Mortas no meio do povo
Mortas de saudades do ontem
Mortas de tédio do hoje
Mortas de ansiedade do amanha
Eu vejo pessoas Mortas !
Mortas de vida
Busco poesias
Busco poesias, caço palavras,
Em cada gesto em cada olhar
Em cada um que vejo passar,
Ainda insisto em buscar
Ainda insisto em achar poesia
Nessa cidade no tempo parada
Silenciosa como a madrugada
Emudecida e por dentro vazia,
Por isso busco poesias
Onde tudo me diz nada
Onde a vida se resume
A viver sem pensar,
Dormir sem sonhar
Numa eterna melancolia
Sem aventuras,
Sem riscos,
Sem amor,
Sem poesia.
Busco poesias
Soneto do amor imperfeito
Daria tudo para viver um amor imperfeito
Daqueles com tudo fora do lugar
Sem regras e frases feitas
Nem hora certa de chegar
Aquele amor do olhar furtivo
Do beijo roubado escondido
De corpos molhados, lascivos.
Em puro êxtase infinito
Da certeza do nada
Da dúvida de tudo
Da esperança de uma outra vez
Perfeito é o amor imperfeito
Aquele que nega a sua própria imperfeição
Se dando até o direito de se achar perfeito
Provocação
Maria do mundo
Quanta tristeza nos teus olhos fundos
Quantas andancas solitarios mundos
Baila nanico toca o cabacá e vem acalentar
O sono de Maria
Quantos mistérios nesse teu olhar
Quantas histórias tens pra contar
Quais personagens agora vais inventar
Pra esconder a beleza do teu triste olhar?
Maria do mundo
A flor do sonho nasceu na tua janela
Foi cultivalda a sangue e lágrimas
E ficou tao bela
Agora como Carolina
ficas a contemplar De tua janela
Teus lindos sonhos de crianca
Na rua a passar
Passam la ursas, papangús, morcegos.
Bonecos gigantes e o boi de nanico
Pastoris, burra leitera a se avexá.
E também Zé petronilo
Seu Luís com seu apito
E Maria linda a desfilar
E os mamulengos fazendo graca
Só pra lhe alegrar
O Mateus á sua janela pra lhe namorar
a ciumenta catirina parece nao gostar
Os lenhadores e a girafa
a convidam para brincar
O pífano de Otaviano e Louro
Se poe em serenata a lhe cortejar
E o seu sofrido coracao
Comeca a suspirar
Maria daqui, Maria dalí, Maria de cá.
Maria cheia de graca, Maria de olhar profundo, profano.
Maria de mocambique, de Surubim.
Maria do mundo.
Corrosivo amor
A deriva
Mares virgens
Nunca d’antes navegados
Desvendo agora teus mistérios
Dos segredos és o mais guardado
Afogaste-me em tuas ondas
Engolistes o meu mastro
Pondo-me a deriva
Preso nas correntezas de teus braços
Tua suave brisa me beija o corpo
Deixando-me tonto sem rumo sem porto
Capitão enjaulado, traído, amarrado.
Nos teus infinitos mistérios nunca antes revelados
Aventurei-me por tuas águas
Com meus olhos vendados
Para não ver tuas armadilhas
Embora sentisse - as de fato
Cerquei-me de todos os cuidados
Empunhei todas as minhas armas
Porém tolo fui eu que esqueci
Que quem desvenda teus mistérios
Pra dentro de ti é tragado.
Soneto da entrega total
Já cortei os lacos me refiz,
Juntei pedacos e esqueci
Dissimulei fiz pouco caso
E quase enlouqueci
Me fiz de tonto, me iludi
Me senti pronto, me perdi
E fraquejei e me entreguei
Como um louco a te pedir
Pra me perdoar
Deitar comigo e sussurrar
Palavras doces em meu ouvido
Vir me proteger
E me provar que o nosso amor
É ifinito.
O último poema-21/07/1995
Maldito
Nao venha me acusar
de matuto provinciano
Pois tenho um olhar mundano
e sei bem o que vou falar
Estou mais pra anjo torto
Do que para querubim
Um ninguém,um quase morto
Que com boca de clarim
Anuncia aos 4 ventos
Sou maldito, marginal
Das bandas de Surubim
Eu to aqui pra confundir
Nao vim pra explicar
Minha arma é minha boca
Pronta pra disparar
Mil verdades indecentes
Prontas pra desconcertar
Cabra safado metido a valente
Que insiste em me difamar
Meu sangue é de coisa ruim
Sou maldito, marginal
Das bandas de Surubim
Sou maldito, peca ruim
Das bandas de Surubim.
Carcaças e Carcarás
A morte florece a cada manhã
Trazendo agonia aos filhos do sol
A vida e o sonho vindo a padecer
Queimadas de almas entregues ao pó
Criancas nascem sob o sol de satâ
Com espinhos de palma na palma da mâo
Mórbidas paisagens aos olhos mostrar
Carcarás devorando carcacas no châo
No lugar que parece esquecido por Deus
As beatas se arrumam para a procissão
No lugar que padecem prováveis ateus
As criancas desfilam com terços nas maos
Clã de nômades vivem a beira do cáos
Mercenários controlam fantoches com as mãos
Como num filme de Glauber querendo afinal
Que o sertão vire mar e mar vire sertão
Vendo o sol escurecer
Filhos do Deus do perdão
Vem vivendo nessa escuridao
bêbada poesia
Poesia e Rock and Roll
Sempre achei que essas duas coisas combinavam pra caramba, como não ver poesia nas letras obscuras de Jim Morrison, no engajamento de Bob Dylan ou na acidez de John Lennon ?Definitivamente sou um homem do Rock and Roll e essa é a música de meu tempo e que permeia a minha vida a quase 25 anos, no entanto as palavras quando ditas da maneira certa conseguem dar mais força ainda a um som que já é naturalmente rebelde e poderoso, nunca uma cena me emocionou tanto no cinema como a sequencia do filme Apocalipse now de Coppola em que imagens dos horrores da guerra do Vietnan são mostradas tendo ao fundo a música "The end" do grupo The Doors, as imagens são chocantes e fazem pensar, porém em meio ao olhar crítico e incômodo da câmera de Coppola a poesia de Morrison surge arrebatadora, cruel e belamente trágica num contraponto perfeito.“This is the end, my only friend”.
Foi conversando com minha amiga Luana num papo de internet que resolvi colocar minhas “poesias” nesse blog, longe do talento dela(essa sim, poetisa por natureza), meus poemas são fragmentos de minha própria vida, as vezes desconexos, as vezes perturbador, mas o certo é que escrevendo me sinto livre e mais jovem ou como disse o mestre Dylan:
“Hoje eu me sinto mais jovem do que o velho que eu era antes”
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