domingo, 5 de abril de 2009

Reminiscências


Hoje caminhei pelas mesmas ruas de minha infância
E senti os mesmos cheiros de minhas velhas andanças.
Um cheiro doce, um cheiro bom um cheiro seu.
De quando ficava aninhado nos braços de minha mãe naquele colo que era só meu

Sentei naquele mesmo muro da casa em que nasci
Onde costumava ver o sol se por sem temer o futuro nem por um triz
Aí certa vez vi minha mãe seguir em frente,
Sem ao menos me dizer que era pra sempre

Naquele singelo adeus, me perdi completamente.
E fiz da solidão minha mais tenebrosa confidente
Não tive tempo de chorar, não podia esperar.

Caí de boca na vida sem tempo nem de lamber as feridas
Eu tinha que encontrar um porto eu era um quase morto
O tempo não esperava e eu tinha que encontrar uma saída

Nenhum comentário:

Postar um comentário